quarta-feira, 15 de junho de 2011

Henry- retrato de um serial killer


Título original: Henry: portrait of a serial killer
Lançamento: 1990 (EUA)
Direção: John McNaughton
Atores: Michael Rooker, Tracy Arnold Tom Towles
Duração: 83 min
Gênero: Drama

NOS-SA! Embalada pelo revival da minha adolescência vendo Pânico, resolvi assistir um serial killer de verdade- gênero que eu genuinamente gosto, apesar de ser cagona- e pensei: por que não assistir a algum que esteja no livro, pra depois eu escrever sobre? E como este já estava no meu computador, resolvi dar uma olhada antes no que o livro dizia... e achei que "O espectador termina de vê-lo certo de que acabou de assistir a um dos filmes mais perturbadores já realizados" era a garantia de não desperdiçar 83 minutos do meu tempo (ainda mais meu tempo de folga que é ainda mais valioso!). Se "Henry" é perturbador em alguma coisa, é no fato de que o filme não provoca reação alguma no espectador. A execução do roteiro clichê do bad-boy-casca-grossa-que-matou-a-mamãe-vadia-e-virou-bandido é entediante, o ritmo do filme é muito lento e as imagens são demasiadamente apelativas (sangue pra todo lado), sem cenas que justificassem a carnificina. Porque vamos falar a verdade: se é pra ver sangue, que seja pelo menos pra ver de onde ele veio, ou como ele apareceu. Mas em Henry só se vê cenas de crime já prontas para serem investigadas por qualquer CSI da vida, sem que haja encadeamento com os acontecimentos. Um serial killer sem cara, incapaz de fazer com que o espectador se identifique ou sinta medo, pena, ansiedade... QUALQUER COISA! Michael Roaker faz de Henry um assassino a sangue frio que só suscita a mesma coisa em quem assiste o filme: sangue de barata. A única coisa que salva é a identificação entre o protagonista e Otis, personagem de Tom Towles, que começam a se entender em seu instinto assassino comum e acabam se aproximando por isso, a boa e velha cumplicidade da bandidagem, ou, em português de botequim: "um tatu cheira o outro." Há que se concordar com a crítica de "1001 filmes", que diz que "O filme não é divertido de se assistir 9...)", mas afirmar que ele "é importante porque obriga os espectadores a refletir, questionando nossa fascinação pelos serial killers", é forçação DEMAIS de crítico, minha gente! Em poucas palavras, se "Henry" me fez questionar alguma coisa, foi onde estava com a cabeça quando resolvi assisti-lo.

Melhor diálogo ( tarefa árdua encontrar):  

Otis: I'd like to kill somebody.
Henry : Say that again.
Otis : I'd like to kill somebody.
Henry : Let's me and you go for a ride, Otis

Um comentário:

  1. hahahahaha... pala! e tarantino chora de desgosto no "cantinho da disciplina"... rs

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